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Yankema anuncia “1998”,um prenúncio da sua melhor versão

Yankema

O rapper angolano Yankema anunciou o lançamento de mais um projeto musical, 1998. O anúncio surgiu após um ano relativamente inconsistente no que toca a lançamentos, daí a necessidade de recordar o início, no ano de 1998 e que a sua carreira continua viva e de boa saúde.

Segundo o artista, é apenas um “naco” retirado de um projeto maior que ainda está por vir, mas que apesar disso, já espelha a sua “melhor versão”.

Há cerca de nove meses, a BANTUMEN conversou com Yankema a respeito da construção da sua nova identidade artística, da consolidação e da aceitabilidade do público angolano e português. No nosso encontro, aproveitamos para trocar dois de dedos de conversa em relação a este “gráfico” de expectativas versus realidade e o artista mostrou-se bastante otimista e confiante. Em primeiro, garantiu que a sua base de influência na indústria musical teve um crescimento notável e isto se consubstanciou no seu conhecimento pessoal. “Trabalho com o Condutor e foi um dos melhores passos que dei. Tenho a honra de poder trabalhar e aprender com um mestre no que faz e poder, além de o considerar um ídolo, ter uma relação de muito respeito e amizade. Aprendo muito com o boss. E sinto que esse é o meu maior skill. Ser uma esponja do meu ambiente, das pessoas que admiro, do que se faz como arte que eu curto. Sou um estudante do game” disse o rapper.

“Há dias tivemos a estudar as métricas e fiquei surpreso com o facto de que o meu publico hoje em dia é bem dividido entre Portugal e Angola. É algo que quero manter para a minha carreira. Sinto-me realizado, mas com fome para mais” acrescentou.

Sobre o EP, Yankema adiantou que é um “projeto que tem como objetivo mostrar o que está por vir”, e define-o ainda como “uma sequela” do seu primeiro grande projeto como artista, XVI. Em linhas gerais, tratar-se-á de um pequeno fragmento com seis faixas musicais, produzidas essencialmente pelo próprio, com auxílio de Wavy numa das músicas, e do conceituado produtor Condutor em grande parte dos arranjos do projeto.

“Honestamente é um conjunto de músicas que eu amo e que representam muito o artista que sou hoje. São músicas que tirei do meu projeto grande que tá por vir. 6 faixas, 3 participações (2 artistas e 1 produtor). Na sua raiz, é um case study pessoal, de onde posso pegar no género que amo e até aonde posso puxar até não ser só trap. É um estilo muito marginalizado e desconsiderado, eu só tentei trazer as minhas influências de outros estilos e mostrar, principalmente para mim mesmo, que o trap, como género, pode ser sim um veículo para contar boas histórias. No que toca a inspirações, eu tenho ouvido muito trap e rap francês. Foi isso que abriu o meu horizonte musical há uns anos e fez parte da minha evolução musical. Josman, Hamza, Tay C, Tiakola, entre outros, foram as referências que tive durante esse processo. Sem esquecer rap britânico e brasileiro e, principalmente, música que se faz em Angola e Portugal. (…) Estive a gravar em casa, no Reino Unido, depois mudei-me para Lisboa e cá tive acesso ao estúdio do MOKUBIKO, onde terminei alguns sons ou refiz. Mas a vibe foi definitivamente diferente dos meus últimos projetos. Foi mais chill, tudo fluiu naturalmente, o que também deu uma confiança muito grande no produto que estou a entregar”, contou-nos.

Numa rápida autoavaliação, de zero a 10, o artista diz que este projeto merece um oito. “Sinto que o projeto é muito completo mas, visto que são sons que vieram de um projeto maior, eu podia ter feito um pouco mais para ligar e limar algumas arestas. Mas vão ver a minha melhor versão, definitivamente”, terminou.

Relembramos-te que podes ouvir os nossos podcasts através da Apple Podcasts e Spotify e as entrevistas vídeo estão disponíveis no nosso canal de YouTube.

Para sugerir correções ou assuntos que gostarias de ler, ver ou ouvir na BANTUMEN, envia-nos um email para [email protected].

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