Moçambique quer ser um produtor de 100% algodão BCI (Better Cotton Initiative, em português Iniciativa Melhor Algodão), renovando assim a sua indústria têxtil e assegura do novos mercados.
Um quinto das exportações agrícolas do país é relacionada ao algodão, de acordo com a Better Cotton Initiative (BCI). Na temporada 2016/2017, aproximadamente 170 mil pequenos agricultores, que tradicionalmente cultivam menos de um hectare cada, representaram 90% da produção total do país.
Apesar de uma produção baixa nos últimos cinco anos, há no entanto uma oportunidade considerável para expandir a produção de algodão do país e, já em 2011, o Instituto do Algodão de Moçambique (IAM), órgão governamental que supervisiona o sector do algodão, lançou um Plano de Revitalização da Cadeia de Valor do Algodão para incrementar a sua produtividade e sustentabilidade.
O renovado foco na sustentabilidade levou o IAM a envolver a Better Cotton Initiative no plano de revitalização, dando aos produtores moçambicanos a oportunidade de garantirem o acesso a novos mercados e colaborando com organizações locais de algodão para melhorar os métodos de produção.
Depois de um acordo de parceria estratégica assinado em 2014 entre o IAM e a BCI, o trabalho já deu resultados e, no mesmo ano, o número de agricultores moçambicanos a produzirem algodão BCI saltou para 75.000. De acordo com os dados da BCI relativos a esse ano, a produtividade foi drasticamente superior comparativamente aos agricultores de algodão convencionais: as produções subiram 57% e a rentabilidade escalou 65%. Em 2015, o número de agricultores moçambicanos de algodão BCI subiu para 78.912.