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Prétu fala das relações “efémeras, imediatas e superficiais” no novo “Amor di uber”

Xullaji
📷: Artur Monteiro

Já podes assistir ao clipe do single “Amor Di Uber”, o último lançamento de Xullaji, através do projeto Prétu. O tratamento visual da música foi gravada nas ruas de Lisboa, pelas lentes de TchadaElektro.

“Amor Di Uber” é um single que cria reflexão sobre a “uberização do amor”, a partir das próprias experiências de Xullaji. “As relações não escapam a uma  sociedade que se ‘uberiza’ e são cada vez mais marcadas pelo paradigma liberal da satisfação máxima das necessidades, desejos e impulsos individualistas, mediadas pelo imediatismo e velocidade da tecnologia. A propaganda diz que, qualquer visão conjunta, solidária, e comprometida de envolvimento (romântico ou outro) representa um obstáculo à liberdade. Como nos restantes laços comunitários ou de trabalho, instaura-se a precarização do amor. Equiparado a qualquer outro ato banal de consumo, as relações querem-se efémeras, imediatas, superficiais, ligeiras e descartáveis. Rapidamente substituídas pela novidade, ao alcance dum scroll. À medida duma ambição ou sonho pessoal e não tanto como um trabalho conjunto. Pessoas ocupam lugares de objetos nas nossas vidas e, como os restantes objetos de consumo, a sua obsolescência está programada e é mais fácil comprar novo do que reparar”, explica o artista sobre a mensagem de “Amor di Uber”.

O artista acrescenta ainda que esta reflexão não é restrita à relações amorosas. “Almas e corpos são tão explorados e minerizados nas suas relações de amor, quão tem sido nas suas relações laborais ou de lazer”, sublinha.

A música nova tem a participação de Henrique Silva (do conjunto Acácia Maior) na guitarra. O visual é uma criação de TchadaElektro e foi realizado por Xullaji, com Orlando Podence, o coletivo artístico Peles Negras Máscaras Negras e Ghost Productions.

Segundo o Xullaji, “por termos vínculos comunitários ou de trabalho, instaura-se a precarização do amor”. Como as relações não são necessárias, há uma necessidade que se uberiza e cada vez mais marcadas pelo paradigma liberal da satisfação máxima da sociedade, são necessárias escapatórias e impulsos individualistas, meios de comunicação pelo imediatismo e velocidade da tecnologia” – XullajiPrétu é um projeto onde Xullaji decidiu juntar o seu próprio universo sónico ao universo mais obscuro das suas letras.

O resultado é a justaposição e transformação das suas origens e referências africanas, com as suas influências eletrónicas para expressar o seu pensamento sobre o contexto político de África e da sua diáspora. O singles em questão, tem a participação de Henrique Silva (Acácia Maior) na guitarra.

O visual é uma criação de TchadaElektro e foi realizado por Xullaji, com a já habitual colaboração com Orlando Podence, bem como o coletivo artístico Peles Negras Máscaras Negras e Ghost Productions.

De recordar que, recentemente, Xullaji esteve no São Jorge (Lisboa) para o showcase da Womex, onde apresentou a música “Xei Di Kor” que tem a participação de Braima Galissá e Mick Trovoada.

Em setembro, o artista passou pelo palco do espaço B.Leza, que foi um dos espaços que recebeu as atuações do festival MIL (Lisboa), nesta edição de 2022.

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